CLUBE DE CAMPO BRAGANÇA

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11 de agosto de 2011

A CRONOMETRAGEM ELETRÔNICA E SUA EVOLUÇÃO NA NATAÇÃO

DIRETO DO SITE DA BEST SWMMING:



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Logo oficial da Omega
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A discutida chegada entre Phelps e Cavic
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Novo real time aplicado no Mundial de Shanghai
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Bloco de partida Omega criado em 2007
Fonte • Best Swimming

Ao final dos 100 metros nado costas masculino do Mundial de Shanghai, onde pela primeira vez na história da natação mundial tivemos um empate entre dois atletas de mesmo país em um evento internacional da FINA, a curiosidade era uma só: quem ganhou no milésimo?
A resposta não veio, a Omega, empresa suiça responsável pela cronometragem eletrônica do Mundial se negou a divulgar a informação, mas que ele existe, ele existe. Na cronometragem eletrônica em natação só se utiliza até o centésimo de segundo, e neste quesito os franceses Camille Lacourt e Jeremy Stravius empataram em 52 segundos e 76 centésimos.
A empresa suiça Omega está envolvida com os eventos internacionais esportivos desde 1932 quando foi a responsável pela cronometragem dos Jogos Olímpicos de Los Angeles. O primeiro sistema semi-automático foi criação da Omega para as Olimpíadas de 1956 em Melbourne. O sistema se chamava "Swim Eight O Matic Timer" que dava a oportunidade para a identificação de empates com nadadores de mesmo tempo. Em 1972, nos Jogos de Munique, a Omega trouxe uma modificação no sistema que agora chegava ao milésimo de segundo, mas foi determinação da FINA estabelecer o centésimo como a marca mínima na cronometragem da natação.
O tal sistema Omega Swim O Matic chegava a pesar 150 quilos e na década de 80 cabia numa mala de mão e não pesava mais do que um quilo e meio.
Também foi criação da Omega as placas eletrônicas colocadas nas bordas e foram uma necessidade após um conflitivo final de prova dos Jogos Olimpicos de 1960 em Roma.
Na época, os 100 livre masculino se tornaram uma das mais famosas discussões da história da natação. John Devitt dos Estados Unidos e Lance Larson da Austrália disputaram uma bela prova junto com nosso Manoel dos Santos Filho que chegou a liderar os primeiros 50 metros mas terminou com a medalha de bronze.
O ouro, bem, este foi resultado de muita discussão, protestos, reuniões e apelações que duraram anos. Haviam três juízes de chegada para o primeiro lugar e o resultado indicou vitória do americano Devitt por 2 a 1. Haviam três juízes para o segundo colocado e novamente vitória do americano 2 a 1. Ou seja, neste quesito o resultado dava 3 a 3.
Na cronometragem manual, haviam três cronometristas em cada raia. Na raia 3, do americano Devitt os tempos foram iguais 55:2. Na raia 4, do australiano Larson, 55:0, 55:1, 55:1.  
Restava o sistema novo implantado da cronometragem eletrônica, mas ainda não oficializado pela FINA. Lá, o resultado deu o australiano Larson 55:10 contra 55:16 do americano Devitt.
A decisão acabou sendo do árbitro geral, um sueco que determinou a vitória do americano e o mesmo tempo para os dois nadadores: 55:20. A decisão ficou famosa como um dos maiores enganos e injustiças feitas em nosso esporte.
A Omega desenvolveu as placas eletrônicas com base neste problema e a estréia foi nos Jogos Pan Americanos de 1967 em Winninpeg no Canadá. Hoje, as placas são bem sensitivas mas só acionam o sistema de cronometragem com uma pressão de no mínimo três quilos.
A parceria com a FINA também deu oportunidade da Omega investir em outras inovações para o esporte. O sistema de real time para os resultados foi criado no início da década de 80 e com capacidade de se acompanhar as provas com um atraso de 15 segundos para os parciais e resultados finais.
Na televisão, foi a Omega que criou a famosa linha do recorde que virou sensação nos grandes eventos hoje já mostrada nos telões das competições empolgando o público que acompanha a possibilidade de recordes a serem batidos.
Os terminais de vídeo de alta velocidade também estão a serviço da arbitragem. Só utilizados em casos de solicitação dos árbitros. Foi através deste sistema que Gustavo Borges ganhou a sua medalha de prata nos 100 livre dos Jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona. O primeiro resultado indicava Gustavo em oitavo lugar corrigido alguns minutos depois após a consulta do vídeo.
Também foi este o sistema utilizado para decidir ao protesto da Sérvia com relação a chegada de Milorad Cavic e Michael Phelps nos 100 borboleta dos Jogos Olímpicos de 2008 em Beijing.
Na época, o fato de Michael Phelps ser o "embaixador" e maior estrela publicitária da Omega gerou alguns comentários mas todo o material gráfico e visual foi oferecido aos árbitros e serviu para confirmar aquela que foi a mais dura das oito medalhas de ouro conquistadas em Beijing.
Inovando e criando, uma das mais recentes inclusões nos esportes aquáticos foi o desenho gráfico dos saltos a serem executados nos saltos ornamentais. Assim, o público em casa e até mesmo nos estádios pode conferir no telão o correto movimento a ser executado pelo saltador. Tal inovação vai ajudar ao público acompanhar melhor o esporte e a qualidade dos movimentos dos atletas.
As placas de revezamento e o mais recente bloco de partida com o dispositivo para a perna de trás do atleta, também foram contribuições importantes que selaram uma parceria cada vez mais sólida entre a FINA e a empresa Omega. 

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